quinta-feira, 27 de maio de 2010

Motivação no trabalho em equipe




O texto abaixo foi retirado de um artigo escrito por Carlos Cezar da Rosa, Deborah Riggenbach e Ramiro Zinder, que fala da motivação no trabalho em equipe. Nele é feita uma analise de diferentes fatores motivacionais que influenciam a vida de cada um, sendo finalizado com uma conclusão que relaciona tais fatores com o trabalho em equipe dentro das organizações.

Nenhuma organização pode funcionar sem certo grau de comprometimento por parte de seus membros. O comprometimento está de certa forma relacionado à fatores motivacionais no ambiente organizacional. Stoner e Freeman (1999, p. 6) afirmam que “motivação são os fatores que provocam, canalizam e sustentam o comportamento de um indivíduo”. A motivação no trabalho manifesta-se pela orientação do empregado para realizar com presteza e precisão as tarefas e persistir na sua execução até atingir o resultado previsto ou esperado (TAMAYO; PASCHOAL, 2003).
Abaixo pode-se observar a estrutura motivacional do indivíduo, que conforme Tamayo e Paschoal (2003) é composta por conjuntos motivacionais, que parecem estar presentes em indivíduos das mais diversas culturas.
Autodeterminação - Ter autonomia, decidir por si mesmo e/ou participar nas decisões, controlar a organização e execução do seu trabalho.
Estimulação - Ter desafios na vida e no trabalho, explorar, inovar, ter emoções fortes na vida e no trabalho, adquirir conhecimentos novos.
Hedonismo - Procurar prazer e evitar a dor e o sofrimento, ter satisfação e bem-estar no trabalho.
Realização - Ter sucesso pessoal, mostrar a sua competência, ser influente, se realizar como pessoa e como profissional.
Poder - Ter prestígio, procurar status social, ter controle e domínio sobre pessoas e informações.
Segurança - Integridade pessoal e das pessoas íntimas, segurança no trabalho, harmonia e estabilidade da sociedade e organização em que trabalha.
Confirmidade - Controlar impulsos, tendências e comportamentos nocivos para os outros e que transgridem normas e expectativas da sociedade e da organização.
Tradição - Respeitar e aceitar ideias e costumes tradicionais da sociedade e da empresa.
Benevolência - Procurar o bem-estar da família e das pessoas do grupo de referência.
Universalismo - Compreensão, tolerância, procura do bem-estar de todos na sociedade e na organização onde trabalha, proteção da natureza.

Bergamini (1997) aponta que cada pessoa tem suas próprias orientações motivacionais. O sentido que cada um atribui àquilo que faz e lhe da satisfação é próprio apenas daquela pessoa, isto fornece sentido a maneira pela qual cada um se sente motivado. Deve-se levar em consideração a existência das diferenças individuais e culturais quando se fala em motivação. Estes fatores podem afetar o entendimento de uma necessidade assim como a maneira particular que as pessoas agem na busca de seus objetivos.
Obter resultados em uma organização é um desafio devido às diferenças individuais, por isso faz-se necessário que haja uma interação entre os membros da equipe e a existência de um líder eficaz que saiba conduzi-los em busca de objetivos e mantendo-os motivados. Uma equipe que tenha interação positiva entre os membros, motivação e busca integrada do atingimento de metas terá uma maior probabilidade de ser eficaz, alcançando objetivos almejados.

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Cachorro x Gato: Qual tipo de profissional você deseja ser?


O palestrante deste vídeo, Daniel Godri, é presidente da IBMV (Instituto Brasileiro de Marketing e Vendas) além de autor de muitos livros aclamados pela crítica.
Daniel Godri já apresentou-se em diversos países como EUA, Alemanha e México com suas palestras sobre o mundo empresarial, motivação e engajamento, podendo ser considerado um dos grandes profissionais da área.

Neste vídeo, ele compara o cão e do gato com funcionários de empresas, sendo que os primeiros têm as características que todos devem almejar. É possível observar como profissionais motivados atuam de maneira diferenciada na organizações, de maneira a inspirar-nos a fazer o mesmo.

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Relação entre amizade e motivação


A matéria acima, retirada da Veja de 2006, traz dados interessantes que comprovam a importancia de manter boas relações interpessoais no ambiente corporativo. Pessoas que possuem mais amigos no trabalho são mais motivadas e enfrentam melhor a rotina.


quarta-feira, 12 de maio de 2010

Funcionário motivado é 50% mais produtivo!

Já está mais do que provado que um funcionário motivado tem um maior rendimento no trabalho. Pesquisas recentes concluíram que pessoas motivadas são 50% mais produtivas, ou seja, as organizações devem passar a encarar o engajamento e motivação dos seus funcionários não só como um gasto a mais, mas sim como um investimento. Além disso, como já foi dito anteriormente aqui no blog, não é necessariamente apenas a recompensa salarial que pode deixar o colaborador mais disposto e feliz com seu trabalho.
Existem diversas maneiras de transformar o ambiente organizacional em um local agradável, como investir nos relacionamentos interpessoais e reforços de lideranças. Abaixo seguem alguns exemplos que podem ser facilmente aplicados nas empresas, independente do seu porte:
- Dia radical: Esportes radicais
Um dia fora da empresa, reunindo os colegas de trabalho para praticar um esporte radical.
- Caça ao tesouro: Atividade de lógica e espírito de equipe
Uma brincadeira divertida, que incentiva o relacionamento entre os colegas de trabalho e o pensamento lógico.
- Dia do bem: Visita à pessoas especiais
O trabalho voluntario faz bem tanto para quem recebe, quanto para quem está ajudando; O funcionário com certeza se sentirá feliz em ver o quanto é importante e valorizado.
Também podem (e devem) ser aplicados programas de qualidade de vida, tais como: ginástica laboral, massagem terapêutica, yoga, programas de nutrição, entre outros.
Um dos cases mais conhecidos, por ser muito bem sucedido, é o do Google. A empresa, que está desde 1998 no mercado, foi considerada por vários anos seguidos como uma das melhores empresas para se trabalhar. E isso porque o Google coloca seus funcionários em primeiro lugar, sempre pensando em seu bem estar e qualidade de vida e deixando-os satisfeitos com sua vida profissional. Dessa forma, o colaborador trabalha melhor, mais feliz e se torna, consequentemente, mais produtivo.
O equilíbrio entre os interesses e satisfações da empresa e dos funcionários, é sempre a melhor solução.
Fonte: http://consumidormoderno.uol.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=1892:funcionario-motivado-produz-ate-50-a-mais&catid=113:melhores-praticas&Itemid=156

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Liderança e Motivação

Um dos maiores desafios dos líderes não consiste apenas em liderar e dar bons exemplos para sua equipe, ele precisa de muito mais. Conhecer cada um de seus liderados, suas necessidades, seus anseios e compreender a individualidade de cada um são aspectos fundamentais para que o líder possa motivar e engajar sua equipe.
Em um texto de Fabrícia Mortari Pereira, encontramos as dificuldades encontradas por todos os gestores para alinhar sua função a individualidade de cada um e a fatores motivacionais. Abaixo podemos acompanhar o texto “Liderança e Motivação” e compreender os desafios encontrados em todas as organizações. Para exemplificar esse cenário, temos um excelente vídeo que mostrar a capacidade do líder de influenciar e motivar.
Liderança e Motivação
Autor: Fabrício Mortari Pereira
Segundo o dicionário, Liderança é o ato de liderar pessoas e Motivação, entre várias definições, é uma “espécie de energia psicológica ou tensão que põe em movimento o organismo humano, determinando um dado comportamento”. Então, Liderança e Motivação, é o ato de liderar pessoas em busca dessa força, de forma a aplicá-la em benefício da própria pessoa e do grupo no qual esse membro está inserido.
Motivar pessoas e mantê-las motivadas é um desafio a ser enfrentado diariamente por gestores de quaisquer organizações. E não é um desafio qualquer. Liderar equipe requer conhecimentos e habilidades para que se possa identificar em cada colaborador isoladamente e na equipe como um todo, pontos fortes, pontos fracos e oportunidades (análise SWOT).
Seres humanos são muito diferentes entre si na maneira de pensar, agir e expressar seus sentimentos. E muitas vezes, diferente de si mesmo, conforme o momento que está vivendo. Diversos fatores interferem no estado físico e psicológico do indivíduo. Tais influências refletem diretamente no desempenho do trabalho dessa pessoa e conseqüentemente no resultado final do grupo.
Se nos reportarmos à literatura da área, encontraremos ferramentas baseadas nas idéias de grandes mestres como: Maslow e a pirâmide de necessidades, onde no topo encontramos estima e auto-realização. Além deHezberg e os fatores motivacionais, destacando o reconhecimento, trabalho em si, progresso e crescimento como fatores de satisfação do ser humano e ainda Maclelland e a busca pela excelência. No entanto, sabemos que é muito difícil definir e identificar quais fatores são motivacionais ou não para determinado indivíduo, ou para um grupo. O que motiva uma pessoa pode desmotivar outra!
Um problema pessoal reflete na produtividade de um colaborador de maneira diferente. Podemos observar uma queda na operosidade em razão de tal problema, ou um aumento no rendimento em resposta à dificuldade enfrentada. Do mesmo modo, uma grande alegria pode levar a pessoa a produzir mais e melhor, ou simplesmente, passar o dia todo (ou grande parte dele) pensando na boa notícia e assim prejudicar seu desempenho na realização de suas tarefas e no relacionamento com os colegas de trabalho.
E quando a alegria de um se torna a tristeza do outro? Ou, ainda, da maioria do grupo? Um exemplo clássico nesse caso é a promoção de um membro da equipe. Todo indivíduo busca crescimento pessoal e profissional. Isso é inegavelmente a mola propulsora da carreira de cada um. Entretanto, nem todos agem da mesma maneira ao ver um colega de trabalho receber uma promoção por reconhecimento a seu desempenho.
Alguns passarão a se empenhar cada vez mais, para que um dia possam obter o mesmo êxito. Outros, no entanto, passarão a dedicar-se cada vez menos ao trabalho, julgando terem sidos injustiçados e questionando se tanta dedicação (até hoje) valeu à pena. Cabe ao gestor identificar o reflexo de tal acontecimento em cada colaborador de sua equipe e trabalhar para que a grande maioria passe a visualizar o ocorrido como fator de impulsão e motivação. Extraindo o melhor de cada um em prol do resultado coletivo satisfatório.
Por isso que administrar pessoas é tão desafiante. Quanto mais preparado estiver o gestor, maiores as chances de se obter os resultados esperados. Precisamos conhecer cada vez mais as ferramentas disponíveis no mercado (palestras, treinamentos, bibliografias, benchmarking, entre outros) e procurar aplicá-las à realidade de nossas equipes. Por outro lado, não basta que somente os gestores conheçam as ferramentas, mas que os membros do grupo também possam ter a oportunidade de acesso a tais instrumentos.
Devemos capacitar nossos colaboradores de modo a termos cada vez mais pessoas preparadas para assumir responsabilidades e enfrentar desafios. E isso envolve também a importante habilidade de disseminar conhecimento, dar oportunidades e saber delegar tarefas. Não é fácil lidar com conflitos no ambiente de trabalho, daí a necessidade de se tirar melhor proveito da situação.
A motivação da equipe, e isso inclui o gestor, é fator decisivo para a otimização do relacionamento entre as pessoas e reflexos positivos na execução das atividades na organização. Não podemos cobrar algo que não praticamos. Líderes desmotivados jamais terão colaboradores plenamente motivados. Embora a motivação esteja dentro de cada um, seus reflexos são sentidos em todo o grupo. Devemos dar o exemplo! Entretanto, esse exemplo depende de nossa motivação real.
Não basta tentar passar uma imagem de que se está motivado se essa não for a realidade de nosso momento. A naturalidade faz com que os exemplos sejam sentidos pelas pessoas. Não queira transmitir um conceito que não corresponda à sua atitude. Seja franco consigo mesmo. Seja fiel a seus princípios.

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Engajar e motivar


Ao contrário do que muitos pensam, o engajamento de funcionários dentro de uma organização não precisa estar ligado a dinheiro ou qualquer outra forma de remuneração. Em períodos de crise, por exemplo, as empresas que mantêm recompensas que não envolvem remuneração têm uma grande vantagem em relação às outras. Para empresas que costumam bonificar seus colaboradores com dinheiro é mais difícil manter o engajamento em um período de baixos orçamentos.
Fora do Brasil são comuns algumas práticas de incentivo, onde a organização tenta dar um sentido ao trabalho das pessoas, de modo que elas consigam enxergar os benefícios ou a influencia que as tarefas que executam causam na sociedade.
Outras formas de engajar e gerar motivação, por parte dos funcionários, é reconhecer seu trabalho dentro da empresa. Mostrar por meio de elogios, prêmios ou qualquer outra forma de destaque, que seu empenho é valorizado.
Depois de algum tempo adotando uma postura de incentivo por meio de remuneração, algumas empresas na Europa perceberam que essa prática já não fazia com que os funcionários se sentissem motivados. Eles já dispunham de bens materiais básicos e, muitos deles, sentiam falta de aproveitar a vida e passar por novas experiências. Para isso começaram a surgir empresas voltadas para esse mercado. Essas empresas possuem uma grande variedade de “experiências” como cursos de astronomia, safáris, escaladas e até degustação de vinhos. Embora ainda exista um grande número de pessoas físicas que contratem esses serviços, grande parte dos clientes são empresas que querem presentear os funcionários.
Os benefícios de se manter um bom programa de engajamento dos funcionários são muitos. Do ponto de vista financeiro, funcionários motivados produzem mais e trazem mais lucro para a empresa. Do ponto de vista da comunicação, funcionários motivados conseguem construir um ambiente organizacional muito melhor, sentem-se valorizados e tem mais vontade de conquistar seus objetivos.
Fonte: Empresas querem dar sentido ao trabalho - Jornal Valor Econômico - 19/03/2010

quarta-feira, 5 de maio de 2010

O Caso TAM

Por Maria Cláudia Amaro, presidente do Conselho de Administração da TAM

"Ninguém tem o poder de motivar alguém que não queira ser motivado. Um elemento básico para conseguir se automotivar, ou ser motivado por alguém, é gostar daquilo que faz. Não é fácil levantar toda manhã com a mesma motivação. Mas se você gosta do que faz, superam-se as dificuldades.
Existem pessoas na minha equipe com as quais tenho uma verdadeira relação de amizade, mas nem por isso elas recebem mais atenção do que as outras. Procuro estar bastante ligada em todas as pessoas, prestar atenção no seu humor, perceber o que estão sentindo, para que o trabalho possa fluir bem. Gosto de dar parabéns pelo o que elas fazem, gosto de ouvi-las. Deve ser muito ruim não ser ouvido. Nem sempre as pessoas têm razão, assim como eu também nem sempre estou certa. Mas o que não pode acontecer é não ouvir as pessoas. Deve ser muito ruim (e eu sei que isso existe) você querer dar uma ideia para seu líder no trabalho, e ele nem se quer dar ouvidos a esta ideia. Você quer contribuir, quer se sentir parceiro da sua organização, e sua intenção é a melhor possível. Portanto, devemos ouvir cada pessoa atentamente, mesmo que sua ideia seja de difícil aplicação. Faz parte do processo motivacional a compreensão da ideia e o reconhecimento que fazemos desta pessoa.
Ouvir, reconhecer os méritos, acompanhar o desenvolvimento de tarefas e dar um pouco de poder, à medida que as pessoas vão participando do processo de trabalho é fundamental!
Eu acho que comportamento gera comportamento. Por menor que seja o tempo que você tem para trabalhar com uma pessoa, respeite-a e faça com que ela lhe respeite, estabelecendo a melhor relação possível. O respeito não é algo que você tem de impor através do terror. É resultado de sua postura, de sua profissão, passando pelo que você faz, o que fala.
É importante também lembrar que a pessoa com quem você trabalha tem direito de discordar de você (e muitas vezes deve), porque isso possibilita uma outra visão da mesma questão, revelando algo que você mesmo não conseguia antes enxergar.
No nosso processo criativo estamos sempre observando tudo o que acontece no dia-a-dia.
Na nossa equipe eu diria que o brainstorming é diário, o tempo inteiro. Da mesma forma, quando estamos em casa, no fim-de-semana, podemos ter uma ideia que será apresentada e analisada aqui por todos os integrantes da equipe. Portanto, nossa habilidade de criar ideias novas é baseada na nossa vivência do dia-a-dia. É importante também ouvir outras equipes. O diálogo é importante e o relacionamento horizontal, entre as várias equipes que compõe uma organização como a nossa, é vital para que tenhamos sucesso nas nossas atividades. Temos de estar abertos a tudo. A diferença entre os membros de uma equipe é uma das coisas mais ricas que pode haver no trabalho em grupo.
Sonho com uma TAM cada vez mais atenta às necessidades dos nossos passageiros, cada vez mais criativa, e cada vez mais disposta a motivar a todos que vivem nela, por ela, com ela."
Fonte: CASTRO, Alfredo Pires de; MARIA, Valeria José. Motivação: como desenvolver e utilizar esta energia. 3. ed. São Paulo: Campus, 1998.

segunda-feira, 3 de maio de 2010

O que realmente significa motivação?

Discute-se muito no ambiente empresarial sobre motivação e engajamento. Parece que de uns tempos para cá a motivação virou peça chave, elemento crucial do sucesso de uma empresa, gerado pela alta produtividade de seus colaboradores. Mas afinal de contas, o que é motivação? E ainda, qual é a diferença entre esta e engajamento? Devemos ter em mente tais conceitos básicos, para assim podermos aprofundar a discussão teórica em torno do tema Motivação e Engajamento ao longo do ano.

O que realmente significa motivação?

Quem é responsável pela motivação das pessoas dentro de um ambiente organizacional? Deve ser a própria pessoa que deve se auto-abastecer de motivação pessoal ou a motivação é uma função gerencial? Chiavenato sugere a segunda colocação. Argumenta que a motivação está contida dentro das próprias pessoas e pode ser amplamente influenciada por fontes externas ao indivíduo ou pelo seu próprio trabalho na empresa.

O gerente deve saber como extrair do ambiente de trabalho as condições externas para elevar a satisfação profissional.

Lendo Stephen P. Robbins, fica evidente a função do gerente de motivar o empregado. Isto fica evidenciado na colocação em que os empregados tem necessidades diferentes e portanto, não devem ser tratados da mesma forma. Devem ser estabelecidas metas e dados os respectivos feedback sobre seu progresso. Os empregados devem participar de decisões que os afetem, com o objetivo de motivá-los a aumentar a produtividade, o compromisso de trabalhar metas, a motivação e a satisfação do empregado no trabalho.

É importante também vincular recompensas a desempenho, pois se os indivíduos perceberem essa relação como baixa, os resultados serão: baixo desempenho, diminuição na satisfação no trabalho e aumento nas estatísticas de rotatividade e absenteísmo.

O terreno da motivação é ainda muito nebuloso. Apesar da enorme quantidade de pesquisas sobre a motivação não existe ainda conclusões cientificamente corretas sobre o assunto.

As empresas querem funcionários motivados, mas não sabem como motivá-los.

De um lado, porque ainda não se sabe distinguir entre o que é causa e o que é efeito no comportamento motivado. E também não se descobriu se o comportamento é causado por fatores intrínsecos ou extrínsecos ao indivíduo ou ao grupo. As diferenças entre as pessoas dificultam enormemente a definição de parâmetros universais que as empresas possam utilizar para motivar as pessoas em igualdade de condições. Há sempre um componente subjetivo na motivação que provoca uma enorme complicação. A motivação funciona como um dinamizador, um impulsionador do comportamento humano.

Muitos gerentes rotulam como preguiçosos empregados que parecem não ter motivação.

Segundo Stephen P. Robbins (1998) isto não é verdade. "A motivação é o resultado da interação entre o indivíduo e a situação." (Robbins, 1998:109-121) Conclui que para formar o conceito de motivação, devemos ter em mente que o nível de motivação varia tanto entre indivíduos quanto para indivíduos em tempos diferentes. Assim, motivação é definida como a vontade de empregar altos níveis de esforço em direção a metas organizacionais, condicionada pela capacidade do esforço de satisfazer alguma necessidade do indivíduo.

A motivação existe dentro das pessoas e se dinamiza através das necessidades humanas. Todas as pessoas têm suas necessidades próprias, que podem ser chamadas de desejos, aspirações, objetivos individuais ou motivos. Certas necessidades são basicamente semelhantes quanto à maneira pela qual fazem as pessoas organizarem seu comportamento para obter satisfação.

Fonte: http://www.maurolaruccia.adm.br/trabalhos/lider1.htm


sábado, 1 de maio de 2010

Relações Públicas x RH

A profissão de Relacões Públicas no Brasil vem ganhando cada vez mais visibilidade e importância nas organizações e nos processos de tomada de decisão, passando a atuar junto a alta diretoria, auxiliando na escolha de alternativas viáveis que garantam um bom relacionamento com os stakeholders.

Porém, mesmo assim a área ainda encontra dificuldades para se diferenciar de outras, e até destacar e evidenciar seu caráter diferenciado e estratégico. Uma dificuldade encontrada é diferenciar a atuação desse profissional de um profissional de Recursos Humanos, muitas pessoas acreditam que ambos exercem as mesmas funções, e com isso acabam desvalorizando o RP.

Não podemos nunca esquecer que o Relacões Públicas trabalha sempre com uma visão estratégica e alinhada a objetivos maiores, enquanto que a área de RH tem uma função mais operacional, não estando sempre atenta a detalhes que o RP não deixaria passar.

Para ilustrar de maneira simples e objetiva essas diferenças podemos analisar o texto abaixo, retirado do site do Sinprorp, o Sindicado dos Profissionais de RP.

Relações Públicas x Recursos Humanos

O posicionamento do profissional de RRPP no organograma de uma organização pode se dar de várias maneiras. A sua versatilidade é decorrente de suas técnicas, sua habilidade, formação, capacitação e seu conhecimento. Esta flexibilidade da profissão pode ser notada na sua atuação em várias áreas como: em assessoria de imprensa com foco no relacionamento da empresa com os veículos de comunicação; no departamento de eventos junto com o marketing no relacionamento com públicos específicos dos eventos realizados; junto da presidência na definição de estratégias de relacionamento da empresa com públicos em geral; no departamento de medicina no desenvolvimento de programas de qualidade de vida aos colaboradores; na gestão de programas de Responsabilidade Social da organização com projetos culturais e sociais dirigidos a comunidade; no departamento de segurança e meio ambiente entre outros. Mas cabe neste momento, ressaltar posicionamento do RRPP alocado no departamento de recursos humanos no gerenciamento da comunicação interna.

Dados publicados na revista Exame (1996), revelam que políticas ousadas de recursos humanos, incentivos a participação, a objetividade da comunicação interna, alinhada a condições favoráveis de trabalho, remuneração, benefícios , segurança e estilo de liderança são fatores determinantes para o grau de satisfação dos colaboradores.

Com a tecnologia cada vez mais ao alcance de todos, as organizações estão aprendendo que o grande diferencial competitivo hoje e no futuro está nas pessoas. E sabem também que manter uma equipe altamente motivada e capacitada não é tarefa fácil.

Manter a força de trabalho informada, envolvida e sintonizada com os objetivos da empresa, mostrando a importância do trabalho de cada um para a organização e, ao mesmo tempo, sustentando o comprometimento do colaborador com a filosofia, a cultura, os valores e os resultados do negócio, valorizando e fortalecendo as relações entre funcionários e organização, são os objetivos principais das Relações Públicas no gerenciamento da Comunicação Interna dentro do departamento de Recursos Humanos.

No entanto, o discurso e a prática não estão em sintonia no setor de recursos humanos. A valorização do colaborador como diferencial competitivo, que é um dos pontos chave da nova dinâmica administrativa, está contido no discurso dos profissionais de recursos humanos, mas ainda é uma idéia não aplicada na prática em grande parte das empresas brasileiras.

Em pesquisa realizada pela Limiar Consultoria Organizacional (1998), comprovou-se esta configuração do cenário de RH. "Fala-se muito do elemento humano como diferencial competitivo, de reengenharia, de capital humano. Trazem gente do exterior para falar dos modernos paradigmas de gestão e organização. Nada disso é realmente aplicado. Os conceitos globais estão impregnados nos profissionais de RH, mas o ferramental de gestão e as estruturas existentes limitam suas atuações", comentam Sergio Neveu e Walter Martins, sócios da Limiar.

Constatou-se também, quanto à organização, que a maioria das empresas continua estruturada por departamentos, são verticalizadas e têm processos de comunicação interna ineficazes, que dificultam a modernização. Isto além de outras características que contribuem para esta dificuldade como os subsistemas de remuneração, seleção, consultoria interna, qualidade de vida e a dificuldade de investimentos em RH para implementação de mudanças, as quais utilizam a comunicação interna como alavanca de impulsão.

Segundo a pesquisa, a principal dificuldade é demonstrar que o investimento em pessoas é uma das formas para melhorar a qualidade do produto. E aponta três fatores que influenciam a performance de um negócio: o desenvolvimento de produtos, pessoas e conhecimento.

Partindo dessa ótica, pode-se afirmar que tem se falado muito em comunicação corporativa atualmente, mas o seu resultado é pouco visto no Brasil. Algumas empresas desenvolvem programas de comunicação eficientes. Sua importância foi percebida e o seu discurso ensaiado, embora sua prática muitas vezes não seja executada com sucesso, talvez por não saberem como. E este é um dos desafios para as Relações Públicas, desenvolver esta consciência e apresentar resultados sólidos para a organização, como uma grande ferramenta de motivação e comprometimento com o negócio, inserindo a cultura de "donos do negócio" em todos os colaboradores, polarizando-os para atingir as metas estipuladas.

Como a área de RH tem seu foco de atuação nas pessoas e as RRPP têm seu foco nos relacionamentos, tornam-se as duas áreas as grandes responsáveis por deixar todos os setores sintonizadas, oferecendo bons resultados a empresa atrelada à qualidade de vida do funcionário e garantindo o bem estar da comunidade em que está inserida. A harmonia e o equilíbrio destes fatores agrega valor a imagem da empresa perante todos os públicos envolvidos, direta e indiretamente.

Fonte: http://www.sinprorp.org.br/clipping/2004/378.htm